segunda-feira, 17 de março de 2014

tratamento intensivo.

Depois da cirurgia, o clima era bem tenso. Dr. Antonio passou por nós pelo corredor e avisou que já iria nos chamar para conversar. Nesse momento o papai já havia chegado ao hospital e minha tia Márcia também.

A conversa foi bem dura. Dr. Antonio explicou o que tinha acontecido, mamãe teve um "desabamento" do intestino, ou seja, o intestino despencou da colostomia e caiu na cavidade abdominal, ficando solto dentro da barriga. A atividade do órgão continuou normal, o que fez com que as fezes se espalhassem por todo o organismo. A situação se tornou bem grave. Mamãe saiu da cirurgia direto pro CTI e fomos vê-la logo depois da conversa. Ela estava lúcida e conversou pouco com a gente. Disse para ela que tudo já estava resolvido, expliquei o que tinha acontecido e pedi que ela ficasse calma pra que tudo pudesse ser resolvido o quanto antes.

Além disso, mamãe teria que passar por várias lavagens da barriga, pois agora ela tinha um quadro de peritonite, que é a inflamação daquela região. Não se sabia muito quantas vezes essas cirurgias seriam feitas, mas era isso que ia salvar a vida dela. Essas lavagens são realizadas para limpar a área da infecção.

Conforme os dias iam passando, as informações ficavam mais claras pra mim. Passava noites lendo artigos sobre todo e qualquer procedimento que era feito com a mamãe. Isso me deixava mais segura para conversar com os médicos e ter perguntas mais pertinentes ao assunto. Dois dias depois ela foi pro centro cirúrgico novamente, para a primeira lavagem abdominal.

Mamãe voltou desse procedimento entubada, não aguentou ficar sem o respirador. No dia anterior ela já tinha apresentado muita tosse e, caso ela permanecesse sem o aparelho, além do risco de ficar sem respirar, ainda forçaria ainda mais a barriga, região infectada.

Passados 15 dias de CTI, o primeiro esquema antibiótico terminou, mamãe permanecia entubada e nos foi pedida uma autorização para fazer a traqueostomia. Ela tinha respondido bem ao tratamento, mas a sepse ainda estava presente. Como não tinha previsão de tirar o respirador, era melhor que fizessem a traqueostomia para que ela tivesse um bem estar melhor. O esperado, agora, era que ela começasse a melhorar.






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