Que ingrata eu seria por deixar passar esse dia sem falar aos
meus. Cheguei a comentar com uns “não tenho paciência pra essas coisas”. Talvez
o domingo e todo peso da carência que tem, misturado ao meu amor e gratidão, trouxe essa vontade. Nunca fui muito dessas de ter poucos e bons, tenho
muitos e maravilhosos. Sem modéstia. E sei disso, principalmente, por poder ter
contado com todos no momento que mais precisei.
Os de escola continuam até hoje, misturados com os amigos do
bairro, da rua ou do prédio. Não nos vemos mais com tanta frequência, mas
quando encontramos é como se esse intervalo não existisse. (Cliché, eu sei, mas
verdade). Voltam as piadas, as risadas, as lembranças da professora burra, do
outro que foi expulso de sala e das colas.
Os atuais se misturam. Há sete anos uma comunidade no orkut
me fez encontrar muitos que hoje são como minha família. É muito difícil responder
quando as pessoas perguntam como nos conhecemos. Dizer apenas “pela internet” parece
muito raso por tanta coisa vivida. Além deles, vieram os agregados e algumas famílias que sempre me recebem e acolhem tão bem.
Da faculdade são poucos, mas aqueles que sei que estarão
comigo por muito tempo. Um torcendo pela realização do outro. É tão prazeroso
dizer que aquele conseguiu aquela vaga que queria tanto! Tem os de “herança”,
aqueles mineiros queridos que continuam me recebendo tão bem que ocupam um
pedaço enorme no meu coração. Os de trabalho, aqueles que a gente convive intensamente por tanto tempo e depois perde o contato, mas que preenchem uma lacuna
enorme nas tantas histórias que passaram. E, ainda, aqueles que de tão amigos
já foram promovidos a primos, tios e sobrinhos (mais conhecidos como minha família
escolhida – já que a minha de verdade vive tão longe).
Para cada um de vocês um obrigada gigaaaaante! Recebi tanto
carinho, tanto afeto, tanto abraço, tanto cuidado, tanto amor em dias tão
difíceis desse ano, que nunca serei capaz de retribuir ou agradecer o
suficiente. Só tenho a certeza de ter muita sorte por ter cada um de vocês ao
meu lado.
Feliz dia dozamigo (serve pra amanhã também)! Agora toca o Reginaldo Rossi pra embalar
a breguitude!